Vox Capital, criada por Antonio Moraes Neto, já investiu em duas empresas desde 2009
Por Mariana Iwakura Antonio Moraes Neto, 24 anos, diz que foi “picado pelo vírus do empreendedorismo” cedo, com 15 ou 16 anos, quando trabalhava em uma ONG. Depois vieram a graduação em administração pública e a atuação em uma empresa júnior da Fundação Getulio Vargas. Ainda na faculdade, ele foi trabalhar na Endeavor, que promove o empreendedorismo de alto impacto. Mas queria estimular, além de faturamento, lucro e geração de riqueza, o impacto social. “As pessoas falavam que eu estava maluco. Era ou negócio ou impacto social”, contou Moraes Neto durante palestra ontem (4/5) na Semana do Empreendedorismo, promovida pela FGV em São Paulo.Em 2006, o então estudante e alguns colegas levantaram patrocínio e fizeram um documentário na Índia e em Bangladesh. Lá, encontraram um setor diferente: o do empreendedorismo social. Moraes Neto – seu avô é Antonio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim – voltou do Oriente com a ideia de fomentar esse campo no Brasil. Tempos depois, recusou a proposta de emprego de uma grande consultoria, juntou-se a outras duas pessoas ligadas ao empreendedorismo social – Kelly Michel e Daniel Izzo – e abriu, em janeiro de 2009, a Vox Capital. O fundo de capital empreendedor que investe em negócios sociais começou com US$ 3 milhões, de um investidor americano.
A Vox Capital concentra seus investimentos em empresas que atuam em quatro áreas principais: moradia, educação, saúde e geração de emprego. Até agora, dois negócios receberam aporte e têm a Vox como sócia: CDI Lan e Plano cde. Até o final de 2011, mais três empresas devem receber investimento. “Estamos levantando um segundo fundo, de R$ 60 milhões, para investir em start-ups”, disse Moraes Neto.
O fundo busca negócios que tenham empreendedores que “queiram mudar o mundo”, impacto social sistêmico e um modelo de negócios inovador, além de alinhamento com os valores da Vox. “Não existe um tamanho de empresa específico, mas queremos ver o negócio começando a acontecer”, afirmou o empresário. Ele ressaltou também que a empresa deve apresentar grande correlação entre ganhar dinheiro e ter impacto social. “No futuro, se ela for comprada por outro fundo, queremos garantir que, buscando rentabilidade, os sócios também consigam impacto social.”
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